17 de outubro de 2016
Comportamento
O objetivo da medida é proporcionar economia de energia para o país, já que com maior aproveitamento da luminosidade natural, haverá menor consumo no horário de pico (compreendido entre 18h e 21h). Segundo o Ministério das Minas e Energias, R$ 147,5 milhões deixarão de ser gastos com a não-utilização de energia de usinas termelétricas na garantia do abastecimento nestes horários. A iluminação pública, por exemplo, é acionada mais tarde, o que gera redução no consumo.
A estratégia foi adotada pela primeira vez no mundo na Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, visando a economia do combustível usado na iluminação. Ainda no decorrer da Guerra, países do outro lado das trincheiras como Reino Unido e Estados Unidos também passaram a adotar o horário com uma hora adiantada durante o verão. No Brasil, esta será a 40ª edição do horário de verão que ocorreu pela primeira vez no verão de 1931/1932 sempre com o objetivo de estimular o uso racional da energia elétrica.
Desde então, diversos estudos têm avaliado o impacto da mudança do horário na vida das pessoas. Alguns resultados são curiosos.
Mais atividade física – Um estudo de outubro de 2014 concluiu que as crianças tendem a realizar mais atividades físicas do que em outras épocas do ano. Os pesquisadores propõem, inclusive, uma expansão das medidas de horário de verão nos países da Europa e na Austrália com o objetivo de promover benefícios para a saúde pública. (fonte: International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity)
Acidentes fatais – A mudança de horário pode ter graves consequências, segundo um estudo que avaliou os dados de acidentes de carro nos Estados Unidos durante 21 anos. A conclusão foi de que a privação de sono na segunda-feira seguinte à entrada no horário de verão resulta em um pequeno aumento do número de acidentes fatais. Os Os pesquisadores sugerem a adoção de políticas públicas voltadas para alertar a população sobre as possíveis consequências da privação de sono nesse período. (fonte: Revista Sleep Medicine)
Sono na escola – Os adolescentes que estudam de manhã costumam reclamar da mudança. Para testar se os jovens estavam sendo afetados pela alteração no relógio, pesquisadores avaliaram um grupo de 40 estudantes do ensino médio e concluíram que, entre eles, o tempo de sono teve uma queda média de 32 minutos nas noites seguintes à mudança de horário. (fonte: Revista Sleep Medicine)
Enrolando na Internet – Uma pesquisa concluiu que o impacto do horário de verão no tempo de sono levou funcionários a passar mais tempo navegando de forma inútil na internet durante o expediente. Para chegar a essa conclusão, eles mediram o número de pesquisas no Google por termos como “YouTube”, “vídeos”, “música” na segunda-feira seguinte à mudança de horário. A análise constatou um aumento de 3,1% nas pesquisas relacionadas a entretenimento nessas datas. (fonte: Revista Journal of Applied Psychology)
O fato é que a gente goste ou não, vamos ter que nos adaptar à mudança nos ponteiros que vale até o dia 19 de fevereiro de 2017.