23 de março de 2020
Mercado imobiliário
Nas últimas semanas temos vivido um período de intensa volatilidade e desvalorização de ativos na economia brasileira. O índice da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) que chegou a um pico de 119.528 pontos em 23/1/2020 registrou a inacreditável queda de 40,45% em menos de dois meses, registrando 71.168 pontos em 16/03/2020.
O principal motivo desta queda é a grande preocupação com o desconhecimento da ciência e do sistema de saúde mundial a respeito da disseminação e os efeitos do COVID-19, e desta forma, a única forma de prevenção e retardo do contágio entre as pessoas dá-se por meio do confinamento da população em suas casas, o que provocará uma forte retração econômica. Assim sendo, com a projeção dos problemas que virão da economia real, os investimentos despencam. Os valores das ações das empresas se desvalorizam fortemente e se torna impossível projetar a futura retomada da economia em um cenário global.
Isso ocorre porque muitos investidores vendem os seus ativos com medo da retração econômica e também pela preocupação com a solidez do mercado. No entanto, quando esse cenário se apresenta o investidor que liquidou a sua posição se encontra com outro dilema: O que fazer com o dinheiro neste momento? Onde alocar o valor que antes estava investido em bolsa ou renda variável? Quais opções de investimentos para quem quer preservar valor e obter uma rentabilidade com mais segurança no longo prazo?
Neste contexto, a aquisição dos imóveis como reserva de valor e rentabilidade segura passa a ser uma das mais fortes alternativas, além de ter a segurança da propriedade pelo registro de imóveis, o proprietário pode contar com a rentabilidade da locação mensal e também da valorização do imóvel que em longo prazo sempre se mostra positiva. Atualmente a rentabilidade da locação, seja ela residencial ou comercial, tem se mostrado uma ótima alternativa, uma vez que as aplicações mais seguras seguem a SELIC (taxa básica da economia) – que está em queda acentuada já há um bom tempo. Como a SELIC, que baliza os investimentos mais seguros, hoje a locação acaba sendo maior do que os valores que se consegue em CDB´s de bancos de primeira linha.
Há que se colocar em pauta também outra questão, com a atual crise do COVID-19 e a retração econômica, é natural que os governos reduzam ainda mais as suas taxas básicas para estimular a economia, assim como fez o FED (Federal Reserve) dos Estados Unidos, é natural de se crer que o Banco Central do Brasil também siga o mesmo caminho, e assim aumentando ainda mais a vantagem de rentabilidade das locações com relação às aplicações de renda fixa.
Desta forma, nossa conclusão é que o mercado de ações é muito arriscado neste momento e, para quem busca reserva de capital e rendimentos consistentes acima da inflação, o investimento em imóveis é a melhor opção frente à alta volatilidade no mercado financeiro.
Investir em um ativo real é a forma mais assertiva para reduzir o risco de desvalorização do capital.
Fonte: Franco Pasquali – Economista e CEO da FPar Finance & Real Estate