16 de outubro de 2017
Comportamento, Mercado imobiliário
O resultado das vendas de imóveis em São Paulo (capital) de janeiro a agosto deste ano (2017) apresentou crescimento de 20,8%, se comparado com o mesmo período de 2016. No período foram comercializadas 10.991 unidades, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), na Pesquisa do Mercado Imobiliário, divulgada na última quarta-feira (11).
Mesmo com o resultado positivo, com alta acumulada de 20% até o mês de agosto, o economista-chefe do Secovi mantém a previsão de avanço dos lançamentos e vendas em 10% para o ano. “Temos essa alta (atual) nas vendas, mas a base de comparação com o ano passado ainda é fraca”, explica.
Ainda segundo Petrucci a melhora dos números do setor também reflete um certo descolamento do mercado do cenário político. Em agosto de 2016, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, levou o mercado imobiliário a um dos piores desempenhos da série histórica.
Por isso mesmo, com a base deteriorada, na comparação com agosto passado as vendas dispararam 73% em igual período de 2017. O último ano também marcou o recorde de baixa na comercialização, conforme a série iniciada pelo Secovi em 2004.
O número de lançamentos na capital paulista também está em trajetória de alta com volume 11,7% maior no acumulado de janeiro a agosto, totalizando 9.215 unidades residenciais. “Ficamos muitos meses sem lançamentos voltados para a classe média e alta, porque houve pouca aderência nesse segmento nos últimos dois anos”, diz o economista.
Já o estoque ficou em 19.630 unidades em agosto, o que corresponde às unidades lançadas e não comercializadas. Petrucci acrescenta que o pico de estoque foi de 27 mil unidades e o nível atual não preocupa, já que a tendência é de baixa.